Dificuldades

São três as razões da dificuldade de se precisar consensualmente o conceito de Liberalismo:
  • “a história do liberalismo acha-se intimamente vinculada à história da democracia”, a tal ponto, que é difícil separar “o que existe de democrático e o que existe de liberal nas atuais democracias liberais”, porque, de fato, segundo a teoria política, o liberalismo é o critério que distingue as democracias liberais das suas outras formas não-liberais (populista, plebiscitária, totalitária);
  • o liberalismo manifesta-se em tempos e espaços bastante diversos, o que dificulta a possibilidade de situá-lo num plano sincrônico e pontuar “o momento liberal capaz de unificar histórias diferentes”;
  • e, por fim, não obstante o modelo liberal inglês ter-se sobressaído em relação ao modelo derivado da Revolução Francesa, não podemos falar de uma “história-difusão” do Liberalismo, em razão das especificidades estruturais, culturais e sociais com as quais o Liberalismo deparou-se em cada sociedade.

Origem do Liberalismo

    A história do liberalismo abrange a maior parte dos últimos quatro séculos, começando na Guerra Civil Inglesa e continua após o fim da Guerra Fria. O liberalismo começou como uma doutrina principal e esforço intelectual em resposta as guerras religiosas, segurando a Europa durante os séculos XVI e XVII, embora o contexto histórico para a ascensão do liberalismo remonta a Idade Média. A primeira encarnação notável da agitação liberal veio com a Revolução Americana, e do liberalismo plenamente explodiu como um movimento global contra a velha ordem durante a Revolução Francesa, que marcou o ritmo para o futuro desenvolvimento da história humana. Liberais clássicos, que em geral destacaram a importância do livre mercado e as liberdades civis, dominaram a história liberal no século após a Revolução Francesa. O início da Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão, porém, aceleraram a tendência iniciada no final do século XIX na Grã-Bretanha para um novo liberalismo que enfatizou um maior papel para o Estado melhorar as condições sociais devastadoras. No início do século XXI, as democracias liberais e as suas características fundamentais de direitos civis, liberdades individuais, sociedades pluralistas e o estado de bem-estar haviam prevalecido na maioria das regiões do mundo. O liberalismo defendia a descentralização política.

Revolução liberal

São conhecidas como revoluções liberais aquelas iniciadas no século XVIII, que se desenvolveram no século XIX, e possuíam forte influência do Iluminismo.
  • 1776 - Revolução Americana de 1776
  • 1789 - Revolução Francesa
  • 1820 - Revolução liberal do Porto
  • 1830 - Revoluções de 1830 em vários países europeus
  • 1848/1849 - As Revoluções de 1848
  • 1868 - La Gloriosa

Pensadores Liberais Sociais

Friedrich Naumann (1860-1919)


Emile Durkheim (1858–1917)
Alguns pensadores liberais sociais de referência são:
  • Emile Durkheim (1858–1917)
  • Jeremy Bentham (1748–1832) e John Stuart Mill (1806–1873) semearam a semente do liberalismo social.
  • Thomas Hill Green (1836–1882)
  • Lujo Brentano (1844–1931)
  • Bernard Bosanquet (1848–1923)
  • Pieter Cort van der Linden (1846–1935)
  • John Atkinson Hobson (1858–1940)
  • John Dewey (1859–1952)
  • Friedrich Naumann (1860–1919)
  • Leonard Trelawny Hobhouse (1864–1929)
  • Gerhart von Schulze-Gavernitz (1864–1943)
  • William Beveridge (1879–1963)
  • Hans Kelsen(1881–1973)
  • John Maynard Keynes (1883–1946)
  • Carlo Rosselli (1899-1937)
  • Bertil Ohlin (1899–1979)
  • John Hicks (1904–1989)
  • Isaiah Berlin (1909–1997)
  • Norberto Bobbio (1909–2004)
  • Miguel Reale (1910–2005)
  • Pierre Elliot Trudeau (1919–2000)
  • John Rawls (1921–2002)
  • Don Chipp (1925–2006)
  • Karl-Hermann Flach (1929–1973)
  • Richard Rorty (1931–2007)
  • Conrad Russell (1937–2004)
  • Ronald Dworkin (* 1931)
  • Amartya Sen (* 1933)
  • José G. Merquior (1941–1991)
  • Bruce Ackerman (* 1943)
  • Dirk Verhofstadt (* 1955)